Como a Psicologia Transforma o Design

Explorar o livro do Rian Dutra “Enviesados: Psicologia e Vieses Cognitivos no Design para criar produtos e serviços” nos oferece uma visão profunda sobre como os vieses cognitivos influenciam o design e, consequentemente, a interação do usuário com produtos e serviços. Vamos mergulhar nesse tema fascinante e descobrir como a compreensão desses conceitos pode aprimorar nossas criações.

O que são Vieses Cognitivos?

Vieses Cognitivos no Design de Produtos e Serviços

Os vieses cognitivos são atalhos mentais que nosso cérebro utiliza para processar informações rapidamente. No contexto do design, esses vieses podem impactar desde a forma como os usuários percebem um produto até suas decisões de compra. Compreender e aplicar esses conceitos é essencial para criar experiências mais intuitivas e eficazes.

Principais Vieses Cognitivos Abordados no Livro

Viés de Ancoragem

O viés de ancoragem ocorre quando as pessoas dependem excessivamente da primeira informação recebida ao tomar decisões subsequentes. No design, isso pode ser utilizado para influenciar a percepção de valor dos produtos, ajustando expectativas desde o início.

Case: Uma empresa de e-commerce utilizou o viés de ancoragem ao exibir um preço original mais alto riscado ao lado do preço com desconto. Essa técnica fez com que os clientes percebessem o valor do desconto como mais significativo, aumentando a taxa de conversão.

Viés de Disponibilidade

Esse viés se manifesta quando as pessoas avaliam a probabilidade de eventos com base na facilidade com que exemplos vêm à mente. Designers podem usar isso para destacar aspectos positivos dos produtos, tornando-os mais memoráveis e atraentes.

Case: Um aplicativo de viagens destacou histórias de sucesso e experiências positivas de usuários em suas campanhas de marketing. Isso fez com que os novos usuários associassem o aplicativo a experiências positivas e aumentassem suas expectativas e confiança no serviço.

Viés de Status Quo

As pessoas tendem a preferir que as coisas permaneçam como estão. Explorar esse viés no design pode incentivar a continuidade do uso de um serviço, através de interfaces que promovem familiaridade e conforto.

Case: Um serviço de assinatura online, como Netflix, utiliza o viés de status quo ao manter a interface e a experiência de usuário consistentes. Pequenas mudanças incrementais, ao invés de revisões completas, ajudam a manter os usuários confortáveis e leais ao serviço.

Aplicando Psicologia no Design

Para mitigar os efeitos negativos dos vieses, os designers podem empregar estratégias específicas. Por exemplo, o design de escolha apresenta opções de forma que guia os usuários para decisões mais informadas e benéficas.

Estudos de Caso

Estudo de Caso 1: Interface de E-commerce

Um exemplo prático é uma loja online que utiliza o viés de escassez (mostrando quantidade limitada de produtos) para aumentar as vendas. Essa aplicação resultou em um aumento significativo nas conversões.

Estudo de Caso 2: Aplicativos de Saúde

Aplicativos de saúde que usam notificações personalizadas para lembrar os usuários de suas metas aproveitam o viés de compromisso, ajudando-os a manter a motivação e alcançar seus objetivos.

Importância da Pesquisa e Testes de Usabilidade

Validando Decisões de Design

A pesquisa e os testes de usabilidade são cruciais para garantir que as estratégias de design baseadas em vieses cognitivos sejam eficazes. Isso inclui realizar testes A/B e análises de comportamento do usuário para refinar continuamente a experiência.

Fontes e Referências

Para mais informações sobre psicologia e design, consulte artigos acadêmicos em sites públicos, como a APA – American Psychological Association.

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